A polícia é racista?
- Luciano Andreotti
- 17 de jul.
- 11 min de leitura
Por Luciano Andreotti, presidente do Instituto Nisp
No mundo todo, virou moda afirmar que “a polícia é racista”. Mas será que isso é verdade? O que os dados brasileiros e americanos nos dizem a respeito?
NO BRASIL
No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Perfil dos Profissionais de Segurança Pública[1], publicada pelo FBSP em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública em 2020, as polícias são compostas por 52,3% de brancos e 42,9% de pardos/pretos, o que vamos classificar neste artigo como negros.
Nos estados do Sul e Sudeste, a proporção de policiais brancos é mais elevada do que nas regiões Norte e Nordeste, que concentram mais policiais negros. Ou seja, parcela considerável da polícia brasileira é formada por agentes negros, o que já coloca em xeque a acusação de ser uma instituição racista.
A “polícia” que mais mata no Brasil, a polícia militar da Bahia, segundo o relatório “A cor da violência policial”, vinculado ao Observatório da Segurança, é justamente a que possui mais membros negros, sendo composta por pelo menos 76% do seu efetivo de pessoas negras. De acordo com reportagem da CNN[2], a polícia baiana matou 1.699 pessoas em 2023 e, segundo reportagem do The Intercept Brasil[3], a polícia baiana matou 1.557 pessoas em 2024.
Já na polícia de São Paulo, costumeiramente chamada de racista e violenta, segundo a Seade[4] (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e a SSP/SP temos 64% de brancos, 36% de negros, sendo que fontes diferentes como MP/SP, e MJ, apontam que as mortes por intervenção pela polícia paulista ficaram entre 650 e 800 pessoas em 2024, ou seja, menos da metade da polícia baiana, com o “agravante” que o estado de São Paulo é muito mais populoso que o da Bahia.
Segundo a Rede de Observatórios da Segurança[5], estima-se que em 2024, no Brasil, de 80% a 88% das pessoas mortas pela polícia eram negras. Em São Paulo esse número cai para 63% e na Bahia, em 2023, 94,6% das pessoas mortas pela polícia eram negras.
Mas isso significa que a razão é o tal RACISMO? Não há nenhuma evidência que mostre isso, portanto só resta concluir que criminosos negros entram mais em conflito com os policiais – sem haver qualquer vinculação racial causal a esses conflitos.
Estima-se que cerca de 69% das pessoas que cumprem pena são negras[6]. Não há nenhuma evidência que se trata de racismo, ou seja, alguma atitude dolosamente preconceituosa e direcionada para indivíduos dessa cor, até porque, como dito anteriormente, parcela considerável – senão a maioria – dos policiais também são negros. Logo, é possível refletir que se trata de questões históricas, sociais e culturais e não um suposto ódio pela cor da pele de quem comete crimes. Afinal, para que se afirme que há racismo, é necessária comprovação que a atuação policial foi oriunda exclusiva ou principalmente pela questão racial, ou em outras palavras, que pessoas negras inocentes são presas de forma deliberada – por motivo de sua cor.
Nesse ponto, é importante lembrar que a polícia com maior índice de mortes por intervenção, que é a polícia baiana, é formada majoritariamente por pessoas negras, sendo um Estado com população majoritariamente negra. Ou seja, estaríamos imputando racismo para a maioria dos policiais baianos, sendo eles próprios negros. Não faz muito sentido.
NOS EUA
Sabendo-se que não temos dados tão detalhados e confiáveis no Brasil, falaremos então sobre essa questão nos EUA, local onde as acusações de racismo policial são mundialmente propagadas e os dados demográficos são ricos e detalhados.
Conforme veremos, a narrativa de que a polícia americana é racista e promove um verdadeiro genocídio de afro-americanos é simplesmente falsa.
Em 2015, a polícia americana matou 990 pessoas em confrontos, sendo 258 negros, 494 brancos, 172 hispânicos e 66 de outras raças/etnias.


Na figura 2, temos que:
· Em 2017, a polícia americana matou 981 pessoas: 460 eram brancas, 230 negras, 180 hispânicas, 30 de outras etnias e 81 não tiveram a raça/etnia identificada.
· Em 2018, foram 983 mortos: 460 brancos, 230 negros, 180 hispânicos, 30 de outras etnias e 83 desconhecidos.
· Em 2019, registraram-se 999 mortes por intervenção policial. Destas, 455 eram brancas, 235 negras, 185 hispânicas, 30 de outras etnias e 94 com raça não identificada.
· Em 2020, o número subiu para 1.020 mortos, sendo 475 brancos, 240 negros, 190 hispânicos, 30 de outras etnias e 85 desconhecidos.
· Em 2021, ocorreram 1.048 mortes, das quais 485 eram brancas, 245 negras, 190 hispânicas, 35 de outras etnias e 93 com raça/etnia não informada.
· No ano de 2022, houve 1.097 mortos. Foram aproximadamente 390 brancos, 200 negros, 180 hispânicos, 30 de outras etnias e 297 sem identificação racial — esse foi o ano com o maior número de casos sem informação sobre raça.
· Em 2023, a letalidade policial alcançou 1.164 mortes, das quais 500 foram de pessoas brancas, 250 negras, 195 hispânicas, 35 de outras etnias e 184 não identificadas racialmente.
· Por fim, em 2024, o número de mortes chegou a 1.173, com 510 vítimas brancas, 248 negras, 200 hispânicas, 35 de outras etnias e 180 sem raça informada.
Pelos dados do gráfico, fica nítido que a polícia mata muito mais brancos, mas pode-se dizer: “Ah! Mas é claro que a polícia mata mais brancos, afinal os brancos são maioria”. Então vamos aprofundar mais um pouco e observar quem comete mais crimes que podem ensejar, portanto, confrontos com a polícia:
PRISÕES POR TIPOS DE CRIME POR RAÇA/ETNIA
De acordo com a tabela do FBI de 2018[7]:
ASSASSINATOS
53% dos assassinatos são praticados por negros, 44% dos assassinatos são cometidos por brancos e 3% dos assassinatos são praticados por pessoas de outras raças ou etnias. Ou seja, 13% da população (negros) é responsável por mais da metade dos assassinatos nos EUA e 77% da população americana (brancos) é responsável por 44%.
ROUBOS
54% dos roubos nos Estados Unidos são cometidos por negros, 43% por brancos e 2% por outros. Ou seja, 13% da população (negros) é responsável por mais da metade dos roubos nos EUA e 77% da população americana (brancos) é responsável por 44%.
ESTUPROS
28% dos estupros são praticados por negros, 68% por brancos e 3% por outros. Ou seja, o estupro é um crime praticado majoritariamente por brancos.
AGRESSÃO QUALIFICADA
34% das agressões qualificadas são praticadas por negros, 62% por brancos e 4% por outros. Este também sendo um crime praticado majoritariamente por brancos.
De acordo com a tabela do FBI de 2019[8]:
ASSASSINATOS51,3% dos assassinatos são praticados por negros, 45,7% dos assassinatos são cometidos por brancos e 3,0% dos assassinatos são praticados por pessoas de outras raças ou etnias. Ou seja, 13% da população é responsável por mais da metade dos assassinatos nos EUA e 77% da população americana é responsável por 45,7% desses crimes.
ROUBOS52,7% dos roubos nos Estados Unidos são cometidos por negros, 44,2% por brancos e 3,1% por outros. Ou seja, 13% da população é responsável por mais da metade dos roubos nos EUA e 77% da população americana é responsável por 44,2%.
ESTUPROS26,7% dos estupros são praticados por negros, 70,3% por brancos e 3,0% por outros. Ou seja, o estupro é um crime praticado majoritariamente por brancos.
AGRESSÃO QUALIFICADA
33,2% das agressões qualificadas são praticadas por negros, 62,0% por brancos e 4,8% por outros. Este também sendo um crime praticado majoritariamente por brancos .
Nos gráficos a seguir vemos dados entre 2022 e 2023 do FBI sobre prisões por tipo de crime e raça:
ASSASSINATOS

Vemos que 44% dos assassinatos entre 2022 e 2023 foram praticados por negros, 30% por brancos e o restante não especificado ou praticado por pessoas de outras raças/etnias. Ou seja, o grupo racial com aproximadamente 13% da população é responsável por quase metade dos assassinatos nos EUA, sendo os outros 87% da população responsável pela outra metade.
Entre 2022 e 2023, aumenta muito o número de indivíduos de raça não especificada ou desconhecida.
Entre 2018 e 2020, por exemplo, o número de assassinos classificados como negros era de 47% do total e o número não especificado era de 19%.
Em 2023, 44% foram classificados como negros e 24% como não especificados.
Analisando anos anteriores, as proporções se mantêm quase constantes, sendo a única diferença a redução de negros e o aumento de raça/etnia não especificada. Com isso, pode-se cogitar a hipótese de que a redução de negros e o aumento do percentual de raça/etnia desconhecida pode ser uma tentativa de reduzir o número de negros como autores de assassinatos. Ou seja, haveria manipulação de dados de segurança pública em virtude de uma agenda ideológica.
ROUBOS

50% dos roubos nos Estados Unidos são cometidos por negros, 22% por brancos e o restante por outros grupos ou não especificado. Ou seja, 13% da população (negros) é responsável por metade dos roubos nos EUA e todo o restante étnico da população pela outra metade.
ESTUPROS

25% dos estupros são praticados por negros, 51% por brancos e o restante não especificado ou outros grupos. Ou seja, o estupro é um crime praticado majoritariamente por brancos.
AGRESSÃO QUALIFICADA

37% das agressões qualificadas são praticadas por negros, 42% por brancos e o restante por outros ou não especificado. Neste crime vemos uma proximidade muito grande, até por que o percentual de raça/etnia desconhecida acaba mascarando o real número para o cometimento deste tipo de crime.
ENFOQUE NOS ASSASSINATOS NOS EUA
Quem são os ASSASSINOS?
As estatísticas coletadas afirmam que entre 2019 e 2023, houve 110.417 homicídios nos Estados Unidos com registro da raça do autor, sendo 42% negros, 29% brancos e o restante de outras raças/etnias.

QUEM SÃO AS VÍTIMAS?
Quanto às vítimas, 55% foram negros e 40% brancos. Os números de assassinos e de vítimas divulgados pelo FBI apresentam diferença, pois o registro de raça é mais frequente sobre os criminosos do que sobre as vítimas.

Ou seja, os negros são os que mais matam e são os que mais morrem.
É bom ressaltar que o percentual de criminosos em qualquer demografia é muito pequena, ou seja, apenas de 2 a 5% da população é formada por criminosos. Esses dados não responsabilizam, de nenhuma forma, os negros de forma coletiva pelos crimes. Estamos apenas expondo apenas dados objetivos que podem explicar a interação, às vezes com mortes, entre policiais e pessoas negras nos EUA, apesar de esses indivíduos conflituosos serem uma parcela pequena da população.
Agora vamos comparar o que foi exposto até agora com o que quase nunca é demonstrado:
AGRESSÕES A POLICIAIS
Segundo o FBI's Uniform Crime Reporting (UCR) de 2015[9]:
houve 14.453 policiais feridos em confrontos ou agressões durante o exercício da função.
foram 50.212 policiais agredidos no total (com ou sem ferimentos).
o mesmo relatório do FBI indica que:
15.725 agressões contra policiais foram cometidas com armas consideradas “perigosas” (armas de fogo, facas, objetos contundentes etc.).
em 2023, 26.689 policiais foram feridos.
e o número mais chocante: mais de 66 mil policiais foram agredidos em 2024.

Os dados não mentem: o número de agressões contra policiais apresenta ordens de grandeza maiores do que o número de mortes causadas por eles.
MORTES DE POLICIAIS
Segundo o programa LEOKA – Law Enforcement Officers Killed and Assaulted de 2024[10], publicado em maio de 2025 constou-se que:
64 policiais foram mortos de forma criminosa (feloniously killed) em 2024.
raça/etnia das vítimas policiais: 50 brancos, 8 negros e 6 sem definição.
raça dos suspeitos: 35 brancos, 21 negros e 4 sem definição.
Os dados não mentem: o número de agressões contra policiais é dezenas de vezes maior do que o número de mortes causadas por eles.
Ou seja, nos Estados Unidos, os policiais tiveram incomparavelmente mais chances de serem feridos por um homem negro do que um homem negro desarmado ser morto por um policial.
CRIMES ENTRE RAÇAS/ETNIAS PRATICADOS NOS EUA:
Dados do Departamento de Justiça dos EUA (DoJ), mais especificamente por meio do relatório do Bureau of Justice Statistics (BJS) intitulado: “Race and Hispanic Origin of Victims and Offenders, 2012–2015”[11], publicado em setembro de 2017 mostram que a média anual entre 2012 e 2015 traz o seguinte:

Quando a vítima é negra e o agressor também é negro, a taxa é a mais alta de todas: 7,5 casos para cada mil pessoas, ou seja, a maioria dos crimes violentos sofridos por negros, são cometidos por outros negros.
Em segundo lugar, vêm os casos com vítimas brancas e agressores negros: 2,6 por mil.
Já quando a vítima é branca e o agressor é branco, a taxa é de 2,4 por mil.
Ou seja, há uma simetria nos crimes intrarraciais, ou seja, entre os brancos e entre os negros — mas os crimes inter-raciais com agressor negro são mais frequentes do que o inverso.
Casos de negros vitimando brancos são mais de quatro vezes mais comuns que o contrário. Crimes com vítimas negras e agressores brancos? Apenas 0,6 por mil.
Crimes entre hispânicos, ou entre hispânicos e negros ou brancos, têm incidência entre 1 e 2 por mil.
Ou seja, não existe nenhuma evidência que existe um genocídio negro, que brancos estejam matando negros, ou que a polícia esteja matando negros de forma deliberada.
EFEITO FERGUSON
Um estudo de Roland Fryer Jr[12]., professor de economia da Universidade de Harvard e negro, diga-se de passagem, afirma que nas cidades examinadas, os policiais eram mais propensos a disparar suas armas sem serem atacados quando os suspeitos eram brancos do que quando eram negros.
Fryer descobriu que a polícia tinha maior probabilidade de usar de força não letal contra civis negros e usar de força letal contra brancos.
Em 2015, depois de 25 anos em queda, os homicídios voltaram a subir em algumas cidades dos Estados Unidos e de forma acelerada.
Mas qual foi o motivo desse aumento? No ano de 2014, a polícia matou um homem negro, chamado Michael Brown, na cidade de Ferguson, condado de St. Louis, Estado do Missouri. Após o ocorrido, distúrbios começaram a ocorrer na cidade. Protestos violentos acusando a polícia de racista explodiram. Com isso, os recursos policiais passaram a ser utilizados para conter as manifestações violentas, enquanto outros crimes ficavam sem o devido atendimento policial.
Então, o chefe da polícia do condado de St. Louis usou a expressão “Efeito Ferguson” para tal fenômeno, ou seja, o caos social estimulado pela narrativa de racismo estava inibindo ações policiais e ampliando a ação dos criminosos. Os policiais deixavam de abordar e de reprimir crimes para não serem acusados de racismo, enquanto outros atos violentos eram praticados sob a justificativa de injustiça racial.
O Departamento de Justiça encomendou ao pesquisador Richard Rosenfeld uma pesquisa[13] sobre as hipóteses mais prováveis que poderiam explicar o aumento dos homicídios com base em dados e evidências científicas. O pesquisador avaliou diversas hipóteses, mas para a surpresa do governo, a hipótese mais plausível para explicar o aumento dos homicídios era o efeito Ferguson. Rosenfeld identificou que o aumento dos homicídios estava concentrado em 10 cidades e que uma característica que efetivamente as diferenciava das demais cidades era a composição racial.


Por outro lado, quando as pessoas acreditam que os procedimentos de controle social são injustos, eles são menos propensos a obedecer à lei. A falta de confiança na polícia também incentiva que elas passem a resolver seus problemas pelas próprias mãos. Assim, as disputas são resolvidas informalmente e, com frequência, violentamente.
Ou seja, o “Efeito Ferguson”, que é o fenômeno de retração por parte dos policiais que deixam de agir por medo de ser acusado de racismo, era fator crucial para explicar o aumento da violência nos Estados Unidos.
Ou seja, vemos aqui que a narrativa do Black Lives Matter e da militância de esquerda, na verdade, causou um aumento dos homicídios, afetando majoritariamente os negros que também são encorajados a se colocarem num papel de vítimas pela militância política, ensejando a revolta e atos violentos, mesmo que os números mostrem claramente que não há racismo por parte da polícia. A pergunta que fica é: será que a militância está realmente preocupada com a vida dos negros?
Os FATOS, OS DADOS E AS EVIDÊNCIAS estão aí. Para o NISP, não há espaço para achismos ou palpites. Este artigo trouxe apenas informações objetivas e não buscou explicar as razões primárias e profundas pelas quais os negros cometem mais crimes, mas esse é o FATO, doa a quem doer.
[1] Disponível em https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-seguranca/seguranca-publica/estatistica/pesquisaperfil. Acesso em 17 de julho de 2025.
[2] Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/bahia-lidera-ranking-de-mortes-por-intervencao-policial-diz-anuario-de-seguranca-publica/. Acesso em 17 de julho
[3] Disponível em https://www.intercept.com.br/2025/07/01/comandada-pelo-pt-policia-militar-da-bahia-e-a-que-mais-mata-no-brasil/. Acesso em 17 de julho de 2025.
[4] Disponível em https://www.seade.gov.br/. Acesso em 17 de julho de 2025.
[5] Disponível em https://observatorioseguranca.com.br/wordpress/wp-content/uploads/2024/11/RELATORIO_REDE-DE-OBS_PELE-ALVO-4_web-2.pdf. Acesso em 17 de julho de 2025.
[6] Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2024-07/estudo-70-da-populacao-carceraria-no-brasil-e-negra. Acesso em 17 de julho de 2025.
[7] Disponível em https://ucr.fbi.gov/crime-in-the-u.s/2018/crime-in-the-u.s.-2018/tables/table-43. Acesso em 17 de julho de 2025.
[8] Disponível em https://ucr.fbi.gov/crime-in-the-u.s/2019/crime-in-the-u.s.-2019/tables/table-43. Acesso em 17 de julho de 2025.
[9] Disponível em https://ucr.fbi.gov/crime-in-the-u.s/2015/crime-in-the-u.s.-2015. Acesso em 17 de julho de 2025.
[10] Disponível em https://www.fbi.gov/how-we-can-help-you/more-fbi-services-and-information/ucr/leoka. Acesso em 17 de julho de 2025.
[11] Disponível em https://bjs.ojp.gov/content/pub/pdf/rhovo1215.pdf. Acesso em 17 de julho de 2025.
[12] Disponível em https://scholar.harvard.edu/files/fryer/files/empirical_analysis_tables_figures.pdf. Acesso em 17 de julho de 2025.
[13] Disponível em https://www.ojp.gov/pdffiles1/nij/249895.pdf. Acesso em 17 de julho de 2025.



