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AS OPINIÕES DE ALUGUEL

  • Foto do escritor: NISP - Colunistas
    NISP - Colunistas
  • 13 de abr.
  • 3 min de leitura

por Bruno Pereira


A recente retomada do julgamento da ADPF 635, que proibiu ações policiais em favelas, trouxe à tona muitos dos antigos argumentos falaciosos usados à exaustão. Autodeclarados especialistas em segurança pública insistem que as polícias são malvadas e criticam ferozmente quem propõe soluções diferentes – e mais eficazes – do que as usadas hoje.

 

O argumento falacioso de sempre é a suposta falta de uso de inteligência policial em operações nas favelas. Afirmar isso mostra desconhecimento total da forma como as polícias atuam no Brasil. Grandes operações em áreas dominadas por facções são planejadas em detalhes e realizadas para cumprir ordens judiciais na forma da lei de mandados de busca ou prisão, normalmente após meses ou anos de investigações muito desgastantes – e perigosas – para os policiais envolvidos. Essas operações acontecem após crimes bárbaros, homicídios, tráfico de drogas e armas, tortura e tudo mais de pior que se pode pensar. Interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário e telemático, informantes, agentes infiltrados, denúncias anônimas, perícias e depoimentos de vítimas são algumas das ferramentas usadas para identificar e localizar os chefes de grandes facções escondidos em áreas notoriamente controladas por grupos criminoso poderosos, que aterrorizam moradores em favelas e periferias, e que vivem cercados por centenas de funcionários armados com arsenal de guerra.

 

Por mais inteligência e informação que exista, quase sempre haverá resistência durante entrada da polícia em território hostil fortemente vigiado e armado pelas facções. É absolutamente ingênuo achar que seja possível combater a criminalidade atual do Brasil sem uso da força proporcional ao da ameaça criminosa.

 

A presidente do instituto Igarapé, Ilona Szabo, publicou um artigo no jornal Folha de São Paulo em 2025 em que afirma que

 


“A ineficácia dos órgãos de segurança pública no Brasil se ancora na leitura rasteira de seus papéis e deveres. Sem inteligência, em todos os sentidos, a única arma proposta é a força bruta.”

 

Essa fala mostra grande desconhecimento sobre o trabalho das polícias e uma arrogância típica de quem emite opiniões fortes, exatamente por não ter ideia do que está falando. Infelizmente, essa visão predomina no debate público e no poder judiciário. Autodeclarados especialistas em segurança pública, como Ilona, que nunca exerceram qualquer cargo de responsabilidade na segurança pública, nem tiveram que prestar contas a um juiz, membro do MP ou comandar tropas, acusam os operadores do direito e da segurança pelas mazelas causadas pela execução de suas próprias ideias. As polícias usam muito mais que a força bruta. De fato, as forças de segurança só recorrem às grandes operações quando não há mais nenhuma alternativa, ou em situações emergenciais. O uso da força não recebe críticas dos "especialistas" quando autoridades estrangeiras vêm para eventos como o encontro do G20 ou do BRICS no Rio de Janeiro, em que a presença de todas as forças policiais é requisitada de forma ostensiva, sem a qual não haveria a mais remota chance do evento ocorrer.


As políticas defendidas por esses “especialistas” são colocada em prática há pelo menos 3 décadas por políticos e pela pela cúpula do Poder Judiciário, que parecem não se importar com a soltura de criminosos perigosos nas audiências de custódia nem com a invalidação de provas colhidas com muita dificuldade pela polícia contra grandes corruptos.

 

Inteligência policial é uma boa prática, que deve ser fortalecida e mais bem desenvolvida. Mas a raiz do problema de segurança pública não é a falta de inteligência em qualquer nível. O que nos mantém na vergonhosa posição de país com mais homicídios no mundo é a visão ingênua de pessoas que defendem a continuidade de fracassadas políticas que estão em vigor há décadas e que nos trouxeram até a péssima situação em que estamos hoje. Ou, o que talvez faça mais sentido, é que a atuação de organizações como o Instituto Igarapé, que recebeu, apenas entre 2016 e 2023, aproximadamente 12 milhões de reais de instituições ligadas a George Soros, seja guiada por incentivos financeiros para defender políticas públicas contra o endurecimento de leis penais e o trabalho das polícias.

 

Será que Ilona Szabo e seu instituto Igarapé teriam a mesma opinião sobre a atuação da polícia e as melhores práticas para a segurança de milhões de brasileiros subjugados pelo crime organizado se não tivessem o incentivo dos vários milhões que recebem todos os anos em moeda forte?

 


Desconfie de quem domina o discurso público com falácias que não fazem sentido, e que ganham muito dinheiro com isso


 
 

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